A paquera não é um assédio sexual e muitas vezes a pessoa que está passando por esta importunação acaba se confundindo com o tipo (a natureza) do comportamento da outra parte. Vejamos alguns elementos de paquera que não somos obrigados a suportar: conviver com a dificuldade do outro em não saber lidar com o “Não”; sermos perseguidos quando vamos à copa para tomar um café, nos intervalos de descanso; insistir em nos acompanhar no horário do almoço, no retorno do trabalho para casa inclusive nas confraternizações e nos eventos externos; demonstrar o tempo inteiro a disponibilidade para nos atender de forma demasiada; demonstrar claramente que precisa estar ao nosso lado o tempo todo; dentre outros comportamentos que provavelmente vocês já vivenciaram em algum momento e, ainda, poderão passar por esta experiência novamente.

Se o indivíduo que está nos importunando tem uma posição hierárquica superior a nossa e se prevalece deste poder, com mecanismos para nos atingir do tipo: ameaça ao nosso emprego, desvalorização dos resultados positivos do nosso trabalho entregue, ataque a nossa imagem, ignorância dos nossos valores morais e outras formas de desrespeito a nossa individualidade e capacidade. Tratando-se de atitudes perversas e rotineiras, que passamos a suportar, após afirmarmos que não queremos nenhum envolvimento íntimo e que exigimos o respeito a nossa escolha, neste caso estaremos diante do assédio sexual.

Então se o comportamento for inofensivo, apesar de inadequado, provier de um colega de nível hierárquico igual ou abaixo do nosso, aí estaremos diante de uma paquera. Dado o exposto, peça sempre ajuda.